O local escolhido para acolher o órgão real foi determinado por D. Maria II, filha de D. Pedro: o monarca assistia, regularmente, às missas da Igreja da Lapa, durante o Cerco do Porto, altura em que tinha o seu quartel-general em Cedofeita.
A Câmara do Porto ainda tentou que ficasse na Sé Catedral mas em vão.
O coração de D. Pedro embarcou no navio “Jorge IV”, a 3 de Fevereiro de 1835 e chegou ao Porto 4 dias depois.
De acordo com o historiador catedrático Francisco Ribeiro da Silva, no cortejo que acompanhou o percurso feito pelo órgão real, desde a Ribeira, onde desembarcou, até à Lapa, estiveram presentes cerca de 12 mil pessoas.
O transporte, quer durante a viagem desde a capital, quer entre a Ribeira e a Lapa, foi feito com toda a pompa e circunstância, tendo sido acompanhado por militares que foram, posteriormente, condecorados por isso.
Depois do coração de D. Pedro ter vindo para a cidade do Porto por sua própria vontade, expressa na véspera da sua morte, a rainha D. Maria II, num acto de reconhecimento para com a cidade e as suas gentes, que se mantiveram fiéis aos ideais liberais do pai, atribuiu-lhe a Grã-Cruz da Torre e Espada, o epíteto de “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto” e o título ducal, elementos que, a partir de então, passaram a integrar o brasão da cidade. Com a atribuição do título ducal, decretou que o segundo filho ou filha dos reis de Portugal tivesse o título de Duque ou Duquesa do Porto.
Em 1940, por ordem do governo de Salazar, o dragão e a coroa ducal foram retirados do brasão da cidade.
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